quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lima Corpses

18:48


O Joãozinho morreu!

Já andava há algum tempo a temer que este dia chegasse... muitos pensamentos negros, muitos pesadelos... se calhar eram apenas um sinal de que o fim estava perto.
Não foi num acidente de carro, como a maioria podia estar à espera, nem tive um enfarte enquanto corria. Fui assassinado!

Era um dia como qualquer outro, acordei relativamente cedo, fui à net ver o horário, vesti as primeiras peças de roupa que encontrei, ajustei  visão para HD e fiz-me à vida... Mal sabia eu que iria ser a última vez.
Foi um dia bastante normal, por isso nem vale a pena perder tempo com isso. Não houve carpe diem, nem yolo, não houve nada!

Estava eu bastante sossegado e desatento quando me apunhalam no peito! Não vi quem foi. Não tive tempo de reagir. Não estava à espera. De imediato o meu corpo gelou. Perdi a força e caí no chão. Consegui sentir o sangue quente a escorrer pelo meu corpo, mas não nas minhas veias... Tudo à minha volta começou a ficar esbranquiçado.. e em poucos segundos deixei de ver. O branco, não sei explicar como, transformou-se em preto. Consiguia ouvir a agitação das pessoas... e a sirene da ambulância lá ao fundo. Já vinha tarde!
A minha vida não me estava a passar à frente, estava simplesmente a sair de mim... Deixei de respirar. Já não havia nada a fazer. Gostava de me ter despedido... Gostava de ter tido alguém especial ao meu lado... Mas não valia a pena deprimir. Não valia a pena lamentar-me. Já ninguém podia fazer nada por mim.

Abri os olhos algumas horas depois, ainda não conseguia ver... mas ouvi alguém perguntar-me: "Porque é que te suicidaste?"

Hoje, morri!

19:03

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Podia ser uma piloto de rallys, mas não é!

03:58

É tão tarde! Já não escrevo há tanto tempo... já tive tantas ideias de coisas para dizer e também já não me lembro da maior parte delas. Estou a usar muitas vezes a palavra "já".... Se calhar já nem sei escrever. Vamos ver se pelo menos, já não dou erros ortográficos... ou se continuo na mesma.

Já lá vão quase 2 anos, ou mais até (!) desde a minha última publicação e não, ainda não é desta que vou falar da teoria das linhas do comboio. Hoje venho falar de outra teoria... que não é bem uma teoria. Hoje Venho falar de outra coisa. 

(Nada melhor do que ter uma branca quando quero começar a escrever o grosso da conversa... por onde é que começo???)

(Do outro lado do meu ouvido direito está alguém a escrever como se não houvesse amanhã... a facilidade com que ela escreve está a intimidar-me um bocadinho.)

Aqui há uns anos atrás um amigo meu de seu nome Fictício apaixonou-se por uma rapariga. A Fictícia não era propriamente um cânone de beleza... O Fictício foi até um pouco gozado por gostar dela... Um dia perguntei-lhe: "Qual é a cena?" Ao que ele me respondeu: "A Fictícia é muito fixe! Adoro falar com ela. É uma rapariga inteligente, com conteúdo. Não é fútil! Ela pode não ser bonita à primeira vista... mas fica mais bonita à medida que a vais conhecendo". Não foi bem por estas palavras, mas foi isto que ele disse. E deixou-me a pensar...

O Fictício tem razão! As pessoas ficam mesmo mais ou menos bonitas à medida que as vamos conhecendo. A própria Fictícia chegou a ser bonita aos meus próprios olhos (hoje já não o é tanto, até porque deixámos de falar e, digam o que disserem, as pessoas mudam!)

A partir daqui este texto vai ficar um bocado redundante... Mas pronto.
É a primeira impressão que temos de uma pessoa, o seu aspecto físico, a sua beleza, a sua linguagem corporal que vai influencia a nossa vontade de a conhecer ou não, e logo aí podemos estar a "criar relações desnecessárias" ou a negar potenciais "boas relações".
Facto é que, muito mais facilmente teremos vontade de conhecer uma pessoa "bonita" e com presença, mas que possivelmente será uma pessoa que com o tempo vai ficar menos bonita... ou até mesmo feia. Não porque fuma, ou porque deixou de ter cuidado consigo, mas porque agora já a conhecemos, já sabemos como ela é... agora estamos a olhar para "dentro" dessa pessoa, já não estamos a ver apenas a "casca".

E acho que se disser: "e vice versa" toda a gente vai perceber o que quero dizer. 

Alguns dos grandes amigos que tenho hoje, nem sempre foram bonitos à primeira vista, mas são agora as pessoas mais bonitas que alguma vez conheci.

Mas perfeito, perfeito, é olhar para uma pessoa e saber logo ali, naquele momento, que aquela pessoa é a outra metade de ti, a pessoa que é igual a ti e que ao mesmo tempo te completa porque é tão diferente. Perfeito é encontrar a pessoa que, menosprezando as opiniões alheias, é a mais bonita do mundo (por dentro e por fora) para ti!

E tu, já a encontraste?

04:28